5 de abr. de 2009

Crédito de Carbono

Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE).

Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão de outros gases que também contribuem para o efeito estufa também pode ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de Carbono Equivalente.
Dióxido de carbono (CO2)
Créditos de carbono criam um mercado para a redução de GEE dando um valor monetário à poluição. Acordos internacionais como o Protocolo de Kyoto determinam uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países por sua vez criam leis que restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Saiba mais sobre o mercado de créditos de carbono

O mercado de carbono e o Protocolo de Kyoto

A preocupação com o meio ambiente levou os países da Organização das Nações Unidas a assinarem um acordo que estipulasse controle sobre as intervenções humanas no clima. Este acordo nasceu em dezembro de 1999 com a assinatura do Protocolo de Kyoto. Desta forma, o Protocolo de Quioto determina que países desenvolvidos signatários, reduzam suas emissões de gases de efeito estufa (GEN) em 5,2%, em média, relativas ao ano de 1990, entre 2008 e 2012. Esse período é também conhecido como primeiro período de compromisso. Para não comprometer as economias desses países, o protocolo estabeleceu que parte desta redução de GEN pode ser feita através de negociação com nações através dos mecanismos de flexibilização.

Um dos mecanismos de flexibilização é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O crédito de carbono do MDL é denominado Redução Certificada de Emissão (RCE) - ou em inglês, Certified Emission Reductions (CERs).

Uma RCE corresponde a uma tonelada de Dióxido de carbono equivalente.

Mais informações sobre o processo de geração de CERs e o processo de certificação dos mesmos é apresentado no artigo sobre Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

O mercado da União Européia

Os países da União Européia fizeram um acordo para diminuir emissões de GEE no período entre 2002 e 2007, ou seja, além da diminuição de emissões de GEE entre 2008 e 2012 do Protocolo de Kyoto, esses países desenvolveram outras metas para o período anterior ao Protocolo de Kyoto. As permissões de emissões das diferentes indústrias podem ser negociadas entre elas. Créditos obtidos a partir de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) também podem ser usados para diminuir partes das emissões.

Os mercados voluntários

Grupos e setores que não precisam diminuir suas emissões de acordo com o Protocolo de Kyoto ou empresas localizadas em países não signatários do Protocolo de Quioto (como as empresas estadounidenses), tem a alternativa de comercializar reduções de emissões nos chamados mercados voluntários. Um exemplo de mercado voluntário é o Chicago Climate Exchange (Bolsa do Clima de Chicago).

GEE e os créditos de carbono

Uma tonelada de CO2 equivalente corresponde a um crédito de carbono.

O CO2 equivalente é o resultado da multiplicação das toneladas emitidas do GEE pelo seu potencial de aquecimento global. O potencial de aquecimento global do CO2 foi estipulado como 1. O potencial de aquecimento global do gás metano é 21 vezes maior do que o potencial do CO2, portanto o CO2 equivalente do metano é igual a 21. Portanto, uma tonelada de metano reduzida corresponde a 21 créditos de carbono.

Potencial de aquecimento global dos GEE:

CO2 - Dióxido de Carbono = 1

CH4 - Metano = 21

N2O - Óxido nitroso = 310

HFCs - Hidrofluorcarbonetos = 140 ~ 11700

PFCs - Perfluorcarbonetos = 6500 ~ 9200

SF6 - Hexafluoreto de enxofre = 23900


Carbono Social



Carbono Social e o Desenvolvimento Sustentável

As empresas que pretendem desenvolver projetos no âmbito do Mecanismo do Desenvolvimento Limpo - MDL devem obrigatoriamente se adequar a normas ambientais e trabalhistas e comprovar a contribuição do projeto para a sustentabilidade local de acordo com a Resolução n° 1 da CIMGC, sob os aspectos da sustentabilidade ambiental, condições de trabalho, geração de emprego e distribuição de renda, capacitação e desenvolvimento tecnológico e integração e articulação regional com outros setores.

Para melhor monitoramento dessas ações, a Metodologia do Carbono Social se apresenta como a melhor ferramenta para mensuração desses benefícios ao longo do Projeto MDL, garantindo e assegurando benefícios reais para as comunidades ao redor do Projeto e para a sustentabilidade da empresa/projeto.

A Metodologia do Carbono Social é auditável, monitorada e verificada anualmente junto com a verificação do Projeto de acordo com o Ciclo do MDL, junto a entidade Certificadora.

Por fim, os Projetos que atingirem um Cenário considerado ideal será certificada através do Selo do Carbono Social, como Produto certificado em uma visão de Consumo sustentável.

Carbono Social no Mercado Voluntário - VERs

No Mercado Voluntário o Carbono Social se mostra como a melhor opção para assegurar o comprometimento do empreendedor na contribuição para o desenvolvimento sustentável, uma vez que não há regulamentação formal, o Carbono Social aplicado ao Projeto traz segurança para todas as partes.

A metodologia ainda contribui para:

Assegurar o máximo de benefícios sociais e ambientais no desenvolvimento de projetos MDL.
Reduzir os riscos associados a projetos MDL.
Comprovar a contribuição do projeto para o desenvolvimento sustentável.
Agregar valor aos CERs/VERs. Carbono Social no setor Elétrico

Inicialmente a Metodologia do Carbono Social foi desenvolvida para aplicação em projetos florestais de seqüestro de carbono com grande envolvimento da comunidade local.

Devido a sua dinâmica flexível e holística a Metodologia do Carbono Social pode ser aplicada a diferentes tipos de projetos com objetivo de reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa, incluindo projetos do setor de energia elétrica.

A metodologia é capaz de garantir o monitoramento das mudanças ocorridas no interior da empresa, comunidades e meio ambiente, diretamente afetados por seu projeto, de forma transparente e participativa, para que se possa analisar a realidade e orientar iniciativas de desenvolvimento sustentável, com foco nas questões das mudanças climáticas.

Além da contribuição para a sustentabilidade ambiental a metodologia procura valorizar o potencial e os recursos humanos tanto da empresa quanto das comunidades envolvidas através de ações voluntárias de responsabilidade social.

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